O Panóptico Digital: O Direito à Privacidade Morreu ou Apenas Mudou de Forma?

Na era da informação, trocamos nossa privacidade por conveniência, muitas vezes sem pensar. A cada clique, curtida ou pesquisa, geramos dados que são coletados por corporações e governos. A questão filosófica e jurídica é: a privacidade, um direito fundamental, está morrendo ou apenas mudando de forma para se encaixar em uma nova realidade de vigilância em massa?
Filosoficamente, o direito à privacidade é a base para a autonomia e a dignidade humana. Sem ele, a liberdade de pensar e agir sem a constante ameaça da vigilância não existe. O conceito do "Panóptico" de Michel Foucault, onde a mera possibilidade de observação leva à autocensura, se tornou uma realidade digital. Leis de proteção de dados, como a LGPD no Brasil, são a resposta legal a essa ameaça, mas são suficientes para proteger o indivíduo da onipresença dos algoritmos e da coleta massiva de dados? O dilema é que a própria tecnologia que promete nos conectar também pode nos manter em um estado de vigilância constante.
Refletimos: No mundo de hoje, onde a privacidade é uma mercadoria, ela ainda pode ser considerada um direito fundamental, ou já é um privilégio para poucos?



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