Pessoa Jurídica ou Ficção Legal? O Dilema da Personalidade Corporativa

Na nossa vida cotidiana, uma empresa pode ser processada, assinar contratos e até cometer crimes. Na teoria jurídica, ela é uma "pessoa". Mas o que isso significa na prática? A atribuição de personalidade a uma entidade que não respira nem sente é um dos grandes enigmas do direito, com profundas implicações filosóficas sobre o que realmente significa ser uma "pessoa".
A ficção legal de personificar uma empresa permite a separação de responsabilidades e facilita o comércio. No entanto, ela também cria um véu que pode esconder a culpa de indivíduos por trás de ações corporativas. Se uma empresa polui um rio ou se envolve em práticas antiéticas, a quem atribuímos a responsabilidade moral e o castigo? À pessoa jurídica, que não tem consciência, ou aos seus diretores e acionistas, que muitas vezes escapam das consequências diretas?
Refletimos: Se uma empresa pode ter direitos como uma pessoa, a quem devemos atribuir a culpa quando ela comete crimes morais e não apenas legais?



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