
O sistema penal tradicional é baseado na ideia de punição, mas será que prender mais pessoas realmente torna a sociedade mais segura?
Na maioria dos países, o modelo de encarceramento apenas reforça a exclusão social, transformando presídios em verdadeiras fábricas de reincidência criminal. Enquanto países que investem em reabilitação e penas alternativas, como Noruega e Holanda, possuem baixos índices de reincidência, nações que apostam apenas na punição, como Estados Unidos e Brasil, lidam com superlotação carcerária e altos índices de violência.
A criminologia crítica questiona se a prisão realmente serve para reeducar ou se apenas perpetua um ciclo de marginalização. Para Michel Foucault, o sistema penal não tem a função de corrigir, mas de disciplinar e manter certos grupos sociais sob controle.
Se a punição fosse realmente eficaz, os índices de criminalidade deveriam diminuir, mas o que vemos é o contrário. Então por que continuamos apostando nesse modelo? O sistema penal precisa de mais rigidez ou de uma mudança estrutural que foque na reabilitação em vez da exclusão?